Chapter 228
Chapter 228
Capítulo 228
Ao ouvir o destino Cemitério, o motorista lançou um breve olhar para Inês pelo retrovisor, antes de finalmente acelerar com confiança.
Parecia uma moça tão normal, não deveria haver problemas… Exclusive © content by N(ô)ve/l/Drama.Org.
Sem que se soubesse ao certo quando, uma chuva fina e suave começou a cair, o tipo de tempo que parece apropriado para uma visita ao cemitério. Ao chegar à entrada, Inés pediu ao motorista que parasse. “Obrigada, senhor. Eu sigo daqui a pé.”
O motorista não fez objeções. Inês pagou e desceu do carro, sua silhueta esguia desaparecendo na chuva fraca. Ela caminhou familiarmente até o Cemitério Nacional, virou alguns cantos com rapidez e precisão, e parou em frente a um túmulo recém–construido.
Era evidente que o túmulo era novo, ainda sem nome gravado. Ao lado, havia apenas um buquê de lirios que Inés havia deixado da última vez.
“Bruna, eu vim te ver.”
Inés ficou ao lado do túmulo por um longo tempo antes de murmurar suavemente.
Sua voz era tão leve que parecia se desvanecer com a chuva, como se o vento pudesse dispersá–la a qualquer momento.
Ela estava na chuva, uma figura esguia, com a alma despedaçada. Olhando para o túmulo sem nome, parecia refletir a vida absurda e apressada de Bruna, que desapareceu num instante, deixando apenas um vazio.
Ela disse, “Eu tenho pensado em você por tanto tempo. Decidi pedir demissão e ir para a cidade que combinamos.”
Ela se agachou suavemente, falando para o túmulo: “Você sabe, depois que você partiu, Celso veio me procurar, perguntando onde eu tinha te escondido.”
Inês abraçou os próprios joelhos. “Na verdade, onde eu poderia te esconder, Bruna? Foi você quem não conseguiu continuar. Antes, você sempre me dava energia positiva, mas, desculpe, quando você precisava de mim, eu não consegui te salvar.”
Ela murmurou quase inconscientemente, “Quando eu vi a expressão de choque no rosto de Celso, me senti aliviada. Bruna, ele finalmente teve o que merecia…”
Ela riu com força e então se levantou. “Bruna, acho que você sempre foi mais corajosa do que eu. Vivi à sombra de Noe Serpa por tanto tempo, sobrevivendo miseravelmente, enquantc ê teve a coragem de morrer. Acredito que naquele momento, você deve ter machucado Celso.”
Os olhos de Inês pareciam vazios. “Há um ditado que não está errado: por que os homens sempre fazem tanto esforço para conquistar e depois tanto esforço para machucar? Bruna, sabe, eu vi Celso outra vez por acaso. Ele pareceu ter mudado completamente, tornou–se irritadiço e agressivo, provavelmente por sua causa. Bom, ele foi punido.”
Inés falou por um longo tempo, depois passou a mão pela lápide sem palavras. “Bruna, estas são minhas palavras sinceras. Mas a verdade é que eu desejo que você não estivesse morta. Se você ainda estiver viva, por favor, me envie uma mensagem. Não importa a distância, eu irei te procurar.”
Após terminar, ela notou que a chuva havia amainado um pouco e levantou a cabeça para olhar o céu,
14:37
Capitulo 228
mas percebeu que uma sombra escura havia se formado acima dela.
Teodoro Farnese estava atrás dela, segurando um guarda–chuva com uma mão, um sorriso cinico nos lábios e seus olhos azul–esverdeados um tanto embaçados pela chuva.
Memórias relampejaram através das fissuras do tempo, e ela pareceu ver, através dele, o homem que encontrara na noite de tempestade.
Inês ficou paralisada no lugar, sem jamais ter imaginado que ele apareceria atrás dela.
C